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Educação e Política



Tenho lido ultimamente algumas matérias relacionadas a diferentes opiniões a respeito do momento Político que vivemos e sobre a Educação no País.


Duas frases me chamaram a atenção numa entrevista com Marco Aurélio Mello, na época, presidente do Tribunal Superior Eleitoral: “ Há um vício no Brasil de acreditar que podemos ter melhores dias mediante novas leis. Mas nós não precisamos de novas normas. Precisamos é de homens, principalmente públicos, que observem as já existentes.” Mais adiante completa: “ A sociedade não é vítima, é a culpada . Reclama do governo e se esquece de que quem colocou os políticos lá foi ela própria.”


Os artigos sobre Educação, invariavelmente, apontam a necessidade de reformas nas instituições e de se promover uma grande revolução na Educação principalmente, como uma forma de se obter as mudanças de que o País necessita. Professores mais bem preparados, alunos mais motivados, currículos mais inteligentes e adaptados à realidade da vida, mais escolas, mais...mais...


Fico pensando no momento que logo vai chegar novamente das urnas e a preparação do nosso povo para fazer escolhas certas na direção das necessidades de um País que clama tanto por uma sociedade mais justa, com uma distribuição mais igualitária dos recursos, segurança, saúde, ética e tudo o mais.


Como podemos entender a responsabilidade que nos cabe se não estimulamos o pensamento crítico, se as nossas Escolas repetem modelos ultrapassados e o conhecimento é totalmente dissociado da Educação? Como podemos formar cidadãos se as famílias estão desagregadas, pais que não assumem as responsabilidades que lhes cabem no processo educativo e de formação do cidadão para uma sociedade que eles valorizam? Se os professores fecham os olhos aos aspectos comportamentais de seus alunos em sala de aula achando-se totalmente impossibilitados de orientá-los na direção do que se espera das relações interpessoais pautadas em valores universais?


Como podemos desejar que os nossos homens públicos promovam mudanças se não nos preparamos para educar aqueles que lá estarão no futuro ou pelo menos para estimular o discernimento entre os candidatos do presente, o de melhor perfil, o melhor caráter, cuja história de vida poderá fazer a diferença na carreira política, o que abraçará os seus compromissos compreendendo as responsabilidades com o povo que o elegeu, não retribuindo com favoritismos individuais, mas sim, com ações de impactos sociais mais amplos, sustentáveis e em benefício real de toda a comunidade?


A sociedade protesta, ao mesmo tempo adoece, enlouquece perdendo o foco daquilo que é essencial, imprescindível e não acessório, daquilo que é a causa e não a consequência. Fugimos do sofrimento inerente à culpa das reais responsabilidades que nos cabe nesse latifúndio!

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